24 de fev. de 2012

Não tenho. Olha que tem!



ESTADO NÃO TEM COMO CONCEDER REAJUSTE SUPERIOR A 6,5%, DIZ SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO  

Em coletiva na manhã desta sexta-feira em Porto Velho, o secretário da Educação, Júlio Olivar disse que o Estado não tem como conceder reajuste superior aos 6,5% já anunciados para todo o funcionalismo. Olivar informou que esse teto é a soma da inflação oficial do ano passado e que cerca de 80% da Receita para a pasta está comprometida com a folha de pagamento. Pediu bom senso da direção do Sintero, sindicato que comanda a greve no setor desde esta quinta-feira e disse ainda que no passado, algumas correções nos salários dos professores já foram feitas, citando que um professor nível 1 teve aumento de 22,61%, o nível 2 de 19,07% e o nível 3 de 16,34%.
Olivar afirmou que sabe das dificuldades dos educadores, mas que o Estado tem que investir também nas ações estruturais e de manutenção do ensino. Citou como exemplo o transporte escolar, que no último ano da administração anterior oscilava em R$ 18 milhões, subindo para R$ 42 milhões no ano passado e com previsão de R$ 47 milhões para esse ano.
Mesmo explicando que não há como conceder reajuste maior – o exigido pelos profissionais da Educação é 15% -, o secretário garante que o Governo sempre esteve aberto a negociações e mantém-se firme nesse propósito, “inclusive me comprometo a viajar a todas as 11 regionais do Sintero e debater as pautas apresentadas”.
Olivar diz que confia no bom senso dos grevistas e já convidou a direção da entidade para uma reunião no dia 27 em Brasília, com representantes do Ministério do Planejamento para tratar sobre a Transposição. “Com os recursos que irão sobrar certamente teremos como investir mais no servidor”, disse. Ele acredita que para o próximo encontro com a direção do Sintero para tratar da greve, no próximo dia 1º e já com informações razoáveis sobre a Transposição, uma trégua ao Governo poderá ser concedida.

Um comentário:

Profª Jucélia disse...

Trégua Secretário?! Já chega de enrolação, só para a educação que o estado não tem dinheiro. Porque que um funcionário da Assembleia Legislativa que trabalha em média seis horas por dia pode ter auxilio alimentação de 600 reais? Quando o Executivo elaborou o orçamento do Estado já previa o reajuste de 10% para os servidores da Assembleia Legislativa, e 6.5% para os demais servidores. É necessário que o Governador pare de encher os cofres do Legislativo e valorize os servidores que realmente faz esse Estado caminhar. Gostaria de saber onde foi parar 16,34% de reajuste porque sou professora nível 3 e meu salário base é de 1.971,84 reais, se o tivesse tido um reajuste de 16.34% em cima de 1.971.84, teria então o salário base de 2.124.04 reais.130 reais de gratificação não é reajuste, porque gratificação é penduricalho no contra cheque, nós queremos, Eu quero valorização já. Tenho 24 anos de magistério mereço um salário digno. Não sou Sandra Mello que não contribui com nada para a sociedade e tem uma portaria de com salário de 4.000 reais sem falar no seu salário que é de R$ 16 mil mensal. Com certeza se tirar de todos que ganham sem fazer nada sobraria para pagar melhor os profissionais da educação, isso sem falar que a educação tem quase uma legislação própria no quesito recursos financeiros. Então eu volto a perguntar. TRÉGUA?!.