24 de fev. de 2012

Carta à População


Carta à PopulaçãoPDFImprimirE-mail
Sex, 24 de Fevereiro de 2012 08:11

CARTA ABERTA

Aos Pais, aos Estudantes e à População.
Os trabalhadores em educação (professores e técnicos administrativos educacionais) vem a público comunicar que decidiram entrar em greve em todo o Estado a partir desta quinta-feira, dia 23/02.
A educação, embora seja essencial para a formação das futuras gerações e um dos pilares para o desenvolvimento do Estado, não vem sendo tratada de maneira adequada pelo governo que foi eleito com a promessa de melhores salários, plano de carreira e planejamento visando à melhoria da qualidade do ensino.
O governo é obrigado a investir no mínimo 25% das receitas do Estado na educação. Porém, os recursos são insuficientes porque na educação estão aproximadamente 50% de todo o funcionalismo do Estado. Além disso, esses 25% das receitas ainda são utilizados para construir escolas, custear toda a manutenção da rede que possui mais de 400 escolas, manter as Representações de Ensino, pagar combustíveis, comprar material, pagar diárias e custear o transporte escolar. O resultado é que sobra menos de ¼ da receita para pagar os salários de mais da metade dos servidores do Estado. Por isso o governo sempre diz que não tem recursos para aumentar os salários.
Se for feita uma comparação com os outros funcionários públicos de nível superior, os trabalhadores em educação são os que possuem os piores salários do Estado, embora nos discursos o governo diga que a educação é a base de tudo. Basta verificar qual é o salário dos servidores estaduais de nível superior da Segurança Pública, da Saúde, das várias secretarias estaduais e dos poderes legislativo e judiciário.
A conseqüência de tudo isso é a falta de valorização dos profissionais da educação, falta de motivação, queda da qualidade do ensino, e falta de interesse das novas gerações pela profissão de educador.
Todos esses problemas da educação em Rondônia foram discutidos em várias reuniões entre os representantes dos trabalhadores em educação e o governo. Promessas de melhorias foram feitas pelo governo. Porém, faltam ações que tragam uma nova perspectiva aos profissionais da educação.
A greve, apesar de ser uma medida extrema, é o último recurso dos trabalhadores em educação e um pedido de socorro ao governo e à sociedade.
A educação é um direito de todos e uma obrigação do Estado. Contamos com a compreensão e pedimos o apoio dos estudantes, dos pais e da população para que apoiem a nossa luta, e assim possamos cobrar do governo a valorização dos trabalhadores em educação e um ensino de qualidade no nosso Estado.
 Trabalhadores em Educação do Estado de  Rondônia.

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