29 de ago. de 2012

Teatro maia de 1.200 anos é descoberto no México.

O espaço era usado apenas pela elite da sociedade, segundo arqueólogos envolvidos no projeto

O teatro recém-descoberto no Estado de Chiapas, no México, era utilizado pela elite da sociedade maia por volta de 800 d.C

O INAH (Instituto Nacional de Antropologia e História do México) encontrou um teatro maia desativado há mais de mil anos em Ocosingo, no Estado de Chiapas. O anúncio da descoberta foi realizado nesta terça-feira (28/08).
Segundo o diretor do projeto de investigação no sítio arqueológico, Luis Alberto Martos López, apenas a elite da sociedade maia tinha acesso ao teatro, que poderia receber até 120 pessoas.
“Era um local exclusivo, pois foi encontrado a 42 metros de altura em relação às praças do complexo”, afirmou Martos López.


A hipótese elaborada pelos arqueólogos é a de que uma dinastia assumiu o governo da região por volta de 800 d.C. e buscou a sua legitimidade, entre outras formas, por meio do teatro político.



De acordo com Martos López, “tudo indica que a dinastia não conseguiu se estabelecer por muito tempo e a cidade foi abandonada com violência” cerca de 200 anos depois.



Além de ser menor que os outros teatros maias, a principal diferença desse espaço é que ele se encontra dentro de um palácio. “As peças não eram só artísticas, mas também simbólicas e religiosas. As sociedades maias foram classificadas como ‘estados teatrais’, porque os governantes aproveitavam essas ocasiões para exercer seu poder publicamente.”



O local das escavações começou a ser ocupado por volta de 150 a.C, segundo a equipe de investigação do INAH.


25 de ago. de 2012

"Liberdade, Igualdade e Fraternidade".

A Idade Contemporânea começa com a Revolução Francesa, a partir de 1789, e se estende até os dias de hoje. Esta revolução representa a derrubada do poder absoluto dos reis, o Absolutismo, e a tomada do poder político pelos burgueses. 

Os ideais da burguesia vitoriosa se consolidam no século XIX, nas chamadas Revoluções Liberais, e se espelharam pelo mundo. Na América, sua influência inspira a independência das colônias de Espanha e Portugal. A revolução na França em 1789 foi um processo complexo repleto de reviravoltas, mas ao final a burguesia conseguiu decapitar o absolutismo, tomou o poder e expandiu os ideais revolucionários pelo mundo, incluindo o Brasil até então colônia de Portugal. A título de exemplo encontra-se a repercussão dos ideais libertários de "francezia" na Sedição dos Alfaiates em 1798 na cidade de Salvador - Bahia, divulgados através dos "papéis sediciosos" colocados em locais públicos da cidade cuja transcrição de um trecho desdes papéis continha a seguinte frase: "Todos serão iguais, não haverá diferença; só haverá liberdade, igualdade e fraternidade". Não por acaso igualdade, liberdade e fraternidade formam o lema da Revolução Francesa 

Considerada um dos marcos da História o evento revolucionário francês é um divisor de águas na linha do tempo histórico dada a sua importância, pois modificou radicalmente a base do poder político e social na França. Sob o lema "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", cuja fundamentação ideológica era Iluminista, a burguesia junta-se ao povo e pega em armas contra a nobreza pondo fim aos privilégios de nobres e do clero, liquidando as instituições feudais do Antigo Regime.

Esta imagem é a representação da Liberdade conduzindo o povo à luta contra a opressão do regime absolutista.

Artista :Eugène Delacroix (1798–1863) 
Título    Liberty Leading the People
Data      1830
Técnica Óleo sobre tela
Dimensões     325 × 260 cm
Localização atual          
Inventário Museu do Louvre

23 de ago. de 2012

23/08 /2012 Centenário de Nelson Rodrigues.

Nelson Rodrigues por ele mesmo

Nelson Rodrigues foi um dos dramaturgos mais contundentes do Brasil; escreveu 17 peças de grande sucesso, inaugurando e consolidando o modernismo no teatro brasileiro. Atuou também como jornalista, destacando-se como cronista e comentarista esportivo. Este livro reúne diversas entrevistas do dramaturgo, em que afloram suas opiniões polêmicas e várias de suas máximas tão citadas até hoje. Às vésperas do centenário do autor, sua filha Sônia Rodrigues se dedicou a reler o material que acumulou a respeito dele e de sua obra. O levantamento inicial levou em conta tudo o que estava disponível em acervos públicos e particulares. Depois, foi a vez de separar frases, parágrafos, histórias que estavam “enterradas como um sapo de macumba” dentro de entrevistas, feitas com o personagem Nelson Rodrigues.

Nelson Rodrigues inventou o teatro brasileiro; retratou a “nova classe média” antes até de ela existir oficialmente e criou tipos que continuarão por aí.

O dramaturgo Nelson Rodrigues inventou o teatro brasileiro em 1943, com a peça Vestido de Noiva. O romancista, com o pseudônimo Suzana Flag ou sem camuflagens, devassou e simultaneamente seduziu o universo habitado por aquela que muitos anos depois seria batizada de “nova classe média”. O cronista do Brasil real - enquanto colecionava achados metafóricos que o transformariam num frasista incomparável e concebia imagens magnificamente exatas - pariu criaturas que, conjugadas, mostram não o que os nativos da terra gostariam de ser, mas o que efetivamente são. O torcedor apaixonado do Fluminense descobriu que “a mais sórdida pelada é de uma complexidade shakespeariana” e foi o primeiro a coroar Pelé. Ele foi e fez tudo isso - e muito mais - em apenas 68 anos de vida. É compreensível que o dia da morte física de Nelson Rodrigues tenha sido também o primeiro dia do resto de sua eternidade.
A imortalidade de Nelson Falcão Rodrigues, nascido no Recife em 23 de agosto de 1912, é reafirmada pelo centenário do gênio. Diferentemente das efemérides do gênero, desta vez não foi preciso reapresentar o país a outra vítima da amnésia endêmica que chegou com as primeiras caravelas. Desde a década de 70, quando começou a transformar-se numa prova contundente de que nem toda unanimidade é burra, Nelson está livre da temporada no limbo a que são condenados os grandes mortos. De lá para cá, não se passou um só dia sem que estivessem em cartaz peças teatrais ou filmes baseados em sua obra, ou sem que fossem vendidos exemplares dos livros que continuaram a multiplicar-se em edições sucessivas. Também é certo que neste momento, em alguma esquina ou mesa de botequim, alguém está animando a roda de conversa com a evocação de uma frase ou criatura de Nelson Rodrigues. Ou apenas Nelson, porque basta o prenome para a identificação de um velho conhecido.
A admiração por Nelson hoje é compartilhada por todos os brasileiros com mais de dez neurônios - sejam quais forem a idade, a filiação política, a tendência ideológica, o signo, o peso e a estatura. E assim sempre será, porque os muitos grandes momentos de Nelson Rodrigues nunca ficarão grisalhos. A crítica de teatro Barbara Heliodora prevê que, como ocorre com a obra de William Shakespeare, pelo menos quatro peças de Nelson - Vestido de Noiva, Boca de Ouro, A Falecida e O Beijo no Asfalto - continuarão encantando plateias daqui a 500 anos. Os descendentes dos nossos tetranetos reconhecerão uma similar de Engraçadinha na garota ao lado, ou dormirão imaginando que espécie de veículo estará transportando Solange, a dama que, no Brasil do século XX, caçava aventuras no lotação.
“Ele será sempre um grande autor”, afirma Barbara Heliodora, que atribui a Nelson Rodrigues a subida aos palcos dos diálogos que reproduzem a língua falada pelas plateias. “Nelson era um repórter extraordinário, e foi muito influenciado pela experiência como jornalista”, diz. “Tinha um ouvido tão maravilhoso que conseguiu captar o brasileiro falando. Nós aprendíamos na escola que poderíamos falar errado, mas deveríamos escrever corretamente. Os autores escreviam certo, esquecidos de que aquilo era para ser falado.” Só depois de Vestido de Noiva os atores começaram a falar o português das ruas. A descoberta do diálogo em brasileiro fez de Nelson Rodrigues, segundo o crítico Sábato Magaldi, “um autor seminal, que fecundou a nossa dramaturgia”.Amiccuci Gallo
IMPÉRIO DA FANTASIA - O pernambucano Nelson em seu habitat, as ruas do Rio de Janeiro, nos anos 70, e contracenando com a atriz Léa Garcia na peça Perdoa-me por Me Traíres, de sua autoria: um autor fiel apenas à própria imaginação e sem grande apreço pela fronteira que separa o real do inventado
IMPÉRIO DA FANTASIA - O pernambucano Nelson em seu habitat, as ruas do Rio de Janeiro, nos anos 70, e contracenando com a atriz Léa Garcia na peça Perdoa-me por Me Traíres, de sua autoria: um autor fiel apenas à própria imaginação e sem grande apreço pela fronteira que separa o real do inventado.








Se, Barbara Heliodora consegue distinguir o jornalista do dramaturgo, os amigos do singularíssimo pernambucano criado no Rio de Janeiro sempre enxergaram um Nelson só, que parecia vários por ser, na definição do jornalista e escritor Otto Lara Resende, um feixe de paradoxos. “É um profundo individualista e vive da emoção coletiva”, disse Otto. “Foi um conservador e tem uma obra revolucionária. Orgulha-se de ser um reacionário e foi um dos autores mais censurados do Brasil.” O psicanalista e escritor Hélio Pellegrino achava que todas as versões do amigo viviam sob “o império da fantasia, em que realidade e invenção sempre se misturam”. Se a opção se impunha, a realidade sofria outra derrota: “Nelson é fiel à sua imaginação”.
Nelson Rodrigues era perigosamente imaginoso tanto com desafetos quanto com os mais íntimos amigos. Um deles só descobriu que fora transformado no nome alternativo da peça que entraria em cartaz naquela noite ao ler o enorme letreiro em neon: “Bonitinha mas Ordinária ouOtto Lara Resende”. A brincadeira que ultrapassara os limites do sarcasmo suspendeu por algumas semanas as conversas diárias entre o autor da homenagem e o integrante do grupo que reunia o que a usina de superlativos qualificava de “amigos além da vida e além da morte”. Anistias concedidas por Nelson Rodrigues eram amplas e irrestritas, mas tinham prazo de validade. Consertado o estrago, o parceiro ofendido não demorava a pousar em alguma história contada por quem sempre desprezou a fronteira que separa o real do imaginado.
“A crônica policial piorou porque os repórteres de hoje não mentem”, lastimava o homem que ainda menino enfeitava com detalhes fantasiosos histórias de casais que se matavam por amor. Nas crônicas ou nos romances de Nelson, o verdadeiro tirava o irreal para dançar o tempo todo. Com um sotaque lisboeta que nunca existiu, Otto Lara Resende era repatriado de Portugal para contracenar com a cabra vadia, única espectadora de entrevistas imaginárias conduzidas em um suposto terreno baldio - ou, ainda, para testemunhar mais um assombro provocado pelo Sobrenatural de Almeida, que alterava bruscamente uma situação ou o resultado de um jogo do Botafogo. Passados mais de trinta anos, está claro que histórias e personagens jamais ficarão datados. As criaturas que se tornaram inverossímeis num Brasil menos primitivo viraram documentos de época.
Tem lugar assegurado no Museu Nacional do Maniqueísmo, por exemplo, o padre de passeata, religioso que comparecia em trajes civis às manifestações de rua contra a ditadura militar. Estará ao lado de sua versão feminina, a freira de minissaia, e a poucos metros da estudante de psicologia da PUC, que queria saber o que o cronista achava da morte de Deus, e da estagiária de calcanhar sujo, que se formara em jornalismo para esbanjar autossuficiência e mau humor nas redações. Todos nascidos em 1968, são filhotes do direitista atormentado pelas atividades clandestinas do primogênito, engajado na luta armada. Em alguns episódios, Nelson foi longe demais na louvação de uma ditadura que torturava e matava inimigos. Mas o conjunto da obra é tão luminoso que revoga as manchas escuras.
Outras invenções do ficcionista delirante são atemporais e continuarão por aí durante séculos. O idiota da objetividade, por exemplo. A vizinha gorda e patusca. Palhares, tão definitivamente canalha que, na casa do irmão, beija à força o pescoço da cunhada que passa pelo corredor. Esses seguirão contracenando com personagens que iluminam a face do Brasil que tenta, inutilmente, esconder as taras, as vergonhas familiares, a guerra conjugal, o adultério, os preconceitos, a sexualidade reprimida, a mesquinhez patológica. “Se todo mundo conhecesse a vida íntima de todo mundo, ninguém cumprimentaria ninguém”, resumiu Nelson Rodrigues.
Antonio Andrade / Arquivo / Agência O Globo


REPÓRTER SEM FOLGA NEM PAUSA - Nelson diverte crianças de colégio com uma encarnação da “cabra vadia”, personagem que testemunhava entrevistas imaginárias que ele conduzia num terreno baldio: o olhar do jornalista alimentava o talento do escritor.

Os habitantes desse universo fantástico têm o olho rútilo e o lábio trêmulo, reagem à adversidade com arrancos de cachorro atropelado, seu pensamento é tão raso que uma formiguinha poderia atravessá-lo com água pelas canelas. Grã-finas com narinas de cadáver suportam maridos com três papadas e três bochechas em cada lado do rosto. A cabeça dos intelectuais tem a aridez de três desertos, os especialmente infelizes se sentam no meio-fio para chorar lágrimas de esguicho, caem tempestades de quinto ato do Rigoletto, há homens bonitos como havaiano de cinema, faz um calor de rachar catedrais e existe gente varada de luz como santo de vitral. Um mundo assim, espalhado por dezessete peças, nove romances, sete livros de contos e crônicas e milhares de artigos em jornais, merece mais que uma única vez sobre a face da Terra. O mundo maravilhoso que Nelson Rodrigues criou merece existir para sempre.
Obsessivo confesso e sem cura, obcecado especialmente pela morte, Nelson jurava que, durante a infância, fugia da escola para assistir a velórios. Aos 13 anos, estreou como repórter de polícia no jornal do pai, cobrindo um caso de suicídio passional. Adolescente, ouviu o som do tiro de revólver disparado por uma mulher que, inconformada com o noticiário que lhe devassara a vida íntima, resolveu vingar-se com o assassinato do dono do jornal, Mário Rodrigues, ou de algum de seus filhos. À morte do irmão, o ilustrador Roberto Rodrigues, seguiu-se a do pai. Depois vieram os anos de pobreza, a tuberculose que lhe impôs duas internações em Campos do Jordão, as chuvas do trágico verão carioca de 1966 que mataram o irmão Paulo e toda a família, o fim angustiante do primeiro casamento, as turbulências do segundo, o nascimento da filha cega, as torturas infligidas ao seu filho Nelsinho no cárcere. Em 21 de dezembro de 1980, o homem que passou a vida inteira pensando na morte se foi. Nunca se saberá se já tinha descoberto que era imortal.

21 de ago. de 2012

22 de agosto Dia do Folclore.

     Personagens do Folclore Brasileiro.
"Folclore não é apenas folguedos e festas. É a história construída pelos anseios, aspirações e esperanças de um povo, é uma linguagem na qual se manifesta a unidade que mobiliza multidões, que busca a sua verdade na identificação da cidadania, preservando seu valores e mantendo vivas suas raízes através das gerações"
Claudia Mª Assis Rocha

15 de ago. de 2012

SEGUNDO O IDEB...

Apesar da média nacional ser uma vergonha podemos comemorar uma vez que a maioria dos alunos do ensino médio faz das tripas coração para poder permanecer na escola.

13 de ago. de 2012

Resultado do Enem 2011

Galera dos Terceiros Anos A,B,C,D confiram o resultado do Enem 2011 da Escola Maria Arlete notem que não estamos muito atrás da melhor esola do País e nem muito longe da melhor escola do Estado, portanto vocês tem a responsabilidade de elevar ou manter essa média no Enem 2012, então estudem.
O Enem está aí e Eu vou estar aqui para cobrar empenho de vocês.
Bons estudos!


12 de ago. de 2012

11 de agosto Dia Nacional das Artes.


                                      Dia Nacional das Artes.
Comemora-se, 12 de agosto o "Dia Nacional das Artes" (Lei Federal de 1931), com o objetivo de lembrar a criação, nesta data, em 1816, pelo Rei D. João VI, da Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, hoje Escola de Belas-Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro-UFRJ.
Há 194 anos chegou ao Brasil àquela que exerceria decisiva ação no surgimento e orientação da arte brasileira: A Missão Artística Francesa de 1816; composta de pintores, escultores, arquitetos, gravadores e outros profissionais, vinham para dar um fim a uma época antididática e imprimir ao ensino artístico, realizado no Brasil, uma orientação pedagógico-metodológica.
A iniciativa partira do Ministro de Estado Antônio de Araújo de Azevedo, o conde da barca, homem muito culto e amante das artes, que havia emigrado junto com D. João VI para o Brasil em 1808.
Arte é a expressão de um povo. Tradução do pensamento de uma época. Exteriorização dos anseios humanos. A arte, por sua função pura e simples, tem seu quê de poesia e divagação.
Uma forma criativa e peculiar que o homem desenvolveu para se fazer entender, utilizando a beleza dos eufemismos e da subjetividade.
O teatro, a literatura, as artes plásticas, o cinema. Cada qual com sua importância, cada qual com suas idiossincrasias. A partir de meados da década de 90, o Brasil vem conhecendo uma extraordinária retomada de suas atividades culturais. O cinema foi a primeira área a beneficiar-se disso.
Fonte:www.recantodasletras.com.br  e  www.portalsaofrancisco.com.br

11 de ago. de 2012

Feliz Dia do estudante!

                          A todos os meu queridos alunos estudantes sempre       Parabéns a todos vocês.


Coração de Estudante
Milton Nascimento
Composição: Wagner Tiso / Milton Nascimento

Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor
Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renova-se a esperança
Nova aurora, cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor flor o o e fruto
Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração,
Juventude e fé

10 de ago. de 2012

10/08/2012 Centenário de Jorge Amado!

Jorge Amado: lirismo e militância na Bahia. 

Jorge Amado (1912-2001) nasceu em Pirangi, no Estado da Bahia. Trabalhou na imprensa e estudou Direito.

1931, mudou-se para o Rio de Janeiro e se tornou conhecido com a publicação do romance O país do carnaval.
alcançou notoriedade, entretanto, com dois romances publicados logo em seguida: Cacau e Suor.
Politicamente comprometido com ideias socialistas, participou da Aliança Nacional Libertadora, movimento frente popular, e foi preso em 1936. Libertado em 1937, morou em Buenos Aires, onde publicou a biografia de Prestes. De volta ao Brasil, em 1945, foi eleito deputado federal, mas teve cassado seu mandato político. Deixou novamente o país e residiu na França, na União União Soviética e em países das chamadas democracias populares até 52, quando retomou ao Brasil. Nessa ocasião já se tornara mundialmente -conhecido. Em 1959, ingressou na Academia Brasileira de Letras.
Seus livros são hoje traduzidos para mais de trinta línguas. A maior parte das obras do escritor, principalmente as primeiras que publicou, apresenta preocupação político-social, denunciando, num tom direto,lírico  e participante, a miséria e a opressão do trabalhador rural e das classes
pulares.
Conforme o autor foi amadurecendo, sua força poética voltou-se para os pobres, para a infância abandonada e delinquente, para a miséria do negro, para cais e os pescadores de sua terra natal, para a seca, o cangaço, a exploração do trabalhador urbano e rural e para a denúncia do coronelismo latifundiário.
Autor de obras de cunho regionalista e de denúncia social no início de sua carreira de escritor, Jorge Amado passou por diferentes fases até chegar à última delas, voltada para a crônica de costumes. Alfredo Bosi, crítico literário, distingue na obra do escritor cinco fases:

a) Um primeiro momento de águas-fortes da vida baiana, rural e citadina (Cacau, Suor), que lhe deram a fórmula do "romance proletário"; 
b) depoimentos líricos, isto é, sentimentais, espraiados em torno de rixas e amores marinheiros (Jubiabá, Mar Morto, Capitães da Areia); 
c) um grupo de escritos de pregação partidária (O Cavaleiro da Esperança, O Mundo da Paz); 
d) alguns grandes afrescos da região do cacau, certamente suas invenções mais felizes, que animam de tom épico as lutas entre coronéis e exportadores (Terras do Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus); 
d) mais recentemente, crônicas amaneiradas de costumes provincianos (Gabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois Maridos). Nessa linha, formam uma obra à parte, menos pelo espírito que pela inflexão acadêmica do estilo, as novelas reunidas em Os Velhos Marinheiros. Na última fase abandonam-se os esquemas de literatura ideológica que nortearam os romances de 30 e de 40; e tudo se dissolve no pitoresco, no "saboroso", no "gorduroso", no apimentado do regional. 

(História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1978. p. 457.)