13 de mai. de 2011

13 de maio: ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA no Brasil!

Após a aprovação da Lei Eusébio de Queirós, intensificou-se a campanha abolicionista; a guerra contra o Paraguai (1864-1870) aumentou o sentimento abolicionista, em virtude da expressiva participação de negros no exército brasileiro; as transformações sociais, econômicas e políticas da segunda metade do século XIX também apressaram o processo de abolição.
Para acalmar a movimentação popular em favor da extinção da escravidão, foram criadas as chamadas leis abolicionistas, que acabaram por retardar a libertação definitiva dos escravos no Brasil:
• Ventre Livre. A Lei Rio Branco foi aprovada em 1871 e previa a libertação dos filhos de escravos nascidos a partir daquela data;
• Lei dos Sexagenários. A Lei Saraiva-Cotegipe foi aprovada em 1885 e determinava a libertação de escravos com 65 anos de idade.
 • Lei Áurea. A última e definitiva lei abolicionista foi assinada em 13 de maio de 1888 pela princesa Isabel, regente do trono, e extinguiu a escravidão no Brasil.
A lei foi omissa quanto à situação do liberto, não prevendo nenhum tipo de auxílio a ele por parte do governo ou dos antigos senhores. esse sentido. a Lei Áurea foi um alívio e um grande ganho para a aristocracia (que durante quase quatrocento anos viveu, comeu, lucrou, enriqueceu e se tornou dona de imensas propriedades de terra, graças ao trabalho dos africanos escravizados), que ficou isenta de qualquer responsabilidade em relação aos antigos escravos.
Nesse 13 de maio, cumpre-se sem glória mais um natalício do fim da escravatura no Brasil, uma das primeiras nações americanas a instituir e a última a abolir a escravidão. Dos 505 anos de história brasileira, mais de 350 passaram-se sob o látego negreiro. Apesar da superação do escravismo constituir o mais significativo acontecimento de passado nacional, o aniversário da Abolição transcorrerá, outra vez, 
semi-esquecido.
neste  13 de maio, ao invés de ovacionar  a Princesa Isabel, é  justo salientar o nome de Teresa de Benguela, rainha africana que como tantos outros irmãos de cor e destino, enveredaram pelas fugas para se aquilombar nas escarpas da extensa Serra dos Parecis, pelas vizinhanças dos arraiais e nas águas do rio Piolho, que viria a dar nome ao quilombo comandado por Teresa.
O quilombo do Piolho foi atacado em 1770 pelo Sargento-Mor João Leme do Prado, quando apreendeu numerosa escravatura, restando ainda ali muitos fugitivos escondidos na selva que se estabeleceram novamente nas cercanias do lugar. Segundo a maioria dos estudiosos, Teresa enlouqueceu e se suicidou ao ver sua gente ser massacrada, castigada e voltar às senzalas machucados pela fúria marginal dos seus senhores.
os escravos foram importantes agentes na luta por sua própria liberdade de. Desde o primeiro desembarque nos os cativos lutaram contra a escravidão, morrendo, roubando para comprar a sua liberdade.

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