Um mês triste para a literatura
Julho de 2014 foi um mês extremamente triste para a literatura brasileira. Ao longo de 30 dias, perdemos os grandes e inesquecíveis Ivan Junqueira (03 de julho), João Ubaldo Ribeiro (18), Rubem Alves (19) e Ariano Suassuna (23). Contudo, nunca os perderemos totalmente, pois seus livros estão aí nas mãos de milhares de leitores, que os passarão de geração para geração. Temos certeza de que os quatro vão continuar encantando os brasileiros por séculos. Conheça um pouco mais de cada um e mate um pouco da saudade.
Ivan nasceu e realizou seus primeiros estudos no Rio de Janeiro. Em 1963 tornou-se jornalista, trabalhando na Tribuna da Imprensa, no Correio da Manhã, no Jornal do Brasil e em O Globo. Ivan era o titular da cadeira nº 37 da Academia Brasileira de Letras (ABL), antes ocupada por João Cabral de Melo Neto. Sua poesia o fez cruzar a fronteira brasileira, sendo traduzido para mais de dez línguas. Faleceu aos 79 anos. Entre seus famosos trabalhos estão Essa música, Reflexos do sol-posto e Cinzas do espólio.
Escritor, jornalista, cronista e roteirista, o autor do impressionante Viva o povo brasileiro era ocupante da cadeira 34 da Academia Brasileira de Letras. João Ubaldo venceu diversos prêmios, entre eles o Camões e o Jabuti, e era um dos mais traduzidos da literatura nacional. Entre seus livros, alguns foram adaptados para a TV, para o teatro e para o cinema, entre eles O sorriso do lagarto, A casa dos budas ditosos e Sargento Getúlio. Além dos livros, Ubaldo deixou uma extensa obra de crônicas cotidianas e políticas publicadas em jornais e revistas. Faleceu aos 73 anos.
Um dos intelectuais mais respeitados do Brasil, Alves publicou diversos textos em jornais e revistas do país e atuou como cronista, pedagogo, poeta, filósofo, contador de histórias, ensaísta, teólogo, acadêmico, autor de livros infantis e psicanalista. Foi agraciado com prêmios de destaque, como o Jabuti e o FNLIJ. Entre seus mais de 120 trabalhos de mais destaque estão Conversas com quem gosta de ensinar, O retorno e o terno, O amor que acende a lua e A menina e o pássaro encantado, este escrito ao lado de Maurício de Sousa. Faleceu aos 80 anos.
O escritor paraibano, ocupante da cadeira 32 da ABL, era um ferrenho defensor da cultura brasileira. Autor de peças, romances, contos e poemas, Suassuna é o criador do famoso Auto da compadecida, adaptado para o cinema e para a televisão. Destacam-se em sua obra O santo e a porca, Farsa da boa preguiça e A pedra do reino. Faleceu aos 87 anos. Fonte: Virtual.http://blog.estantevirtual.com.br/2016/07/12/mes-triste-literatura/
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