Além do dia 10 de junho, Dia da Língua Portuguesa, há também outra comemoração no dia 5 de novembro “Dia Nacional da Língua Portuguesa”.
5 de nov. de 2015
25 de jun. de 2015
Temas Redação Enem 2015: Intolerância Religiosa
Temas Redação Enem 2015:
Intolerância Religiosa
16 de maio de 2015 – Barretos/SP:
o tio de uma adolescente evangélica, que se diz discriminada pelos colegas de
escola pela religião, foi espancado por 30 pessoas ao tentar salvar e proteger
a sobrinha de agressões motivadas por intolerância religiosa. O homem, de 31
anos, teve o rosto desfigurado e traumatismo craniano devido as pauladas que
levou e passou por cirurgia. A jovem relata ter sido ofendida pelas roupas que
usa e pelo cabelo comprido.
14 de junho de 2015 – Rio de
Janeiro/RJ: uma menina de apenas 11 anos é vítima de intolerância religiosa ao
levar uma pedrada na cabeça quando saia de um culto de candomblé (religião de
matriz africana) acompanhada pela avó e por um grupo de amigos. Todos, que
vestiam roupas típicas da religião, estavam em uma calçada quando dois homens
se aproximaram, os xingaram de “diabo” e levantaram a Bíblia, afirmando que
Jesus Cristo estava voltando e que os demais deveriam ir ao inferno. A menina
levou pontos na cabeça e passa bem. O caso foi registrado como lesão corporal e
classificado pelo artigo 20 da lei 7.716 (prática, indução ou incitação à
discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência
nacional). Dias depois, ao sair do Instituto Médico Legal (IML) onde fez um
exame de corpo de delito, a menina foi novamente ofendida verbalmente por um
homem que passava pelo local e que gritou “A imprensa só da ibope para
macumbeiro e gay!”.
18 de junho de 2015 – Uberaba/MG:
o túmulo do médium kardecista Chico Xavier, autor de mais de 400 livros psicografados,
dos quais não ficou com nem um centavo, e realizador de inúmeras obras de
caridade, foi alvo de vandalismo. A construção possui um busto de Chico
protegido por uma redoma de vidro e esta estrutura estava danificada, com
pancadas e riscos. O filho adotivo do médium, Eurípedes Higino, acredita em
vandalismo motivado por intolerância religiosa.
18 de junho de 2015 – Rio de
Janeiro/RJ: o templo Casa do Mago, situado na zona sul da cidade do Rio de
Janeiro, foi apedrejado por três homens com Bíblias nas mãos. As pedras
atingiram uma estrela, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida e algumas imagens
de Buda.
19 de junho de 2015 – Rio de
Janeiro/RJ: o médium Gilberto Arruda (73 anos), principal integrante do centro
espírita Lar de Frei Luiz, foi encontrado morto amarrado a uma cama com sinais
de espancamento. Gilberto era praticante do espiritismo desde a infância e
realizava cirurgias espirituais gratuitamente, além de manter uma creche
juntamente com a esposa. A polícia não descarta a hipótese de crime motivado
por intolerância religiosa.
Diversidade religiosa
Estes cinco casos são os exemplos
mais recentes e mais noticiados de atos de intolerância religiosa ocorridos no
Brasil. Ed René Kivitz, teólogo e mestre em Ciência da Religião pela
Universidade Metodista de São Paulo e integrante do movimento Missão Integral
(congregação de diferentes lideranças evangélicas), em entrevista para o portal
de notícias UOL, vê este momento com grande preocupação. Para ele, alguns
políticos da bancada evangélica e alguns pastores usam um “tom bélico” e assim
criam “um clima propício para gente doente, ignorante, mal esclarecida e mal
resolvida” para dar vazão a impulsos de “violência e rejeição ao próximo”.
A verdade é que há muito tempo,
infelizmente, vivemos uma tensão religiosa no Brasil na qual as principais
vítimas são fiéis de religiões menos divulgadas pela mídia e, deste modo, alvos
de preconceito por serem minorias pouco compreendidas, como todas as minorias.
Porém, não são apenas as crenças de matriz africana (candomblé, umbanda,
quimbanda dentre outras) que são alvos de intolerância religiosa; o caso da
menina evangélica discriminada na escola comprova isso, mas os ateus e
agnósticos também são vítimas devido a sua descrença, como se não fosse
permitido não crer em uma entidade divina.
A jornalista Eliane Brum
escreveu, em 2011, um artigo opinativo no qual aborda o preconceito contra os
ateus para a revista Época. No texto, a autora conta uma conversa que teve com
um taxista evangélico que tenta convencê-la a se converter ao Cristianismo
argumentando que só os cristãos serão salvos no dia do juízo final. A
jornalista rebate, dizendo que ela respeita ele ser evangélico, mas que ele não
respeita o fato de ela ser ateia.
Os seguidores do Islamismo também
são vistos com receio por muitas pessoas que estranham as vestimentas e que
pensam que todo muçulmano é terrorista. Na cidade de Sorocaba, interior de São
Paulo, uma estudante da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), cansada de
ser alvo de olhares maldosos, sugeriu que algumas mulheres usassem a Hijab por
24 horas para sentirem na pele o preconceito e todas, infelizmente, o sentiram
realmente. Larissa Sato (18) se diz uma “mulher velada”, não muçulmana, que usa
a Hijab por opção. A reportagem que conta a experiência de suas amigas e de uma
jornalista que vestiu a Hijab por um dia pode ser lida na página do jornal
Cruzeiro do Sul.
Por se tratar de um tema atual
situado no contexto brasileiro, tão miscigenado tanto na etnia quanto nas
religiões, os candidatos ao Enem devem estudar e discutir a intolerância
religiosa não apenas como possível tema da proposta de redação, mas como algo
que deve ser combatido a fim de ser exterminado.
*CAMILA DALLA POZZA PEREIRA é
graduada e mestranda em Letras/Português pela Universidade Estadual de Campinas
(UNICAMP)
10 de jun. de 2015
10 de junho - Dia da Língua Portuguesa
O Dia da Língua Portuguesa é comemorado no dia 10 de junho, dia em que a morte de Luiz Vaz de Camões é lembrada. Autor de obras memoráveis como “Os Lusíadas”, Luis de Camões é considerado um dos maiores poetas da história lusitana.
A língua portuguesa é nosso patrimônio comum, além de ser a matéria-prima para nossa literatura e poesia, por isso a importância da comemoração da data. Vale lembrar, que o idioma tem sua origem no latim vulgar – o latim falado, que os romanos introduziram na Lusitânia, região situada ao sudoeste da Península Ibérica, a partir de 218 a.C.
Atualmente, segundo dados da ONU, pelo menos 235 milhões de pessoas têm o português como primeira língua, em oito países que vão das Américas à Ásia. Mais de 80% desses falantes são brasileiros. Entretanto, muitos falantes do português vivem fora dos países lusófonos em nações da Europa e nos Estados Unidos. Não oficialmente, o português é falado por uma pequena parte da população em Macau, no estado de Goa, na Índia, e na Oceania.
A língua portuguesa é a quinta língua mais falada do planeta e a terceira mais falada entre as línguas ocidentais, ficando atrás somente do inglês e do castelhano. Por toda a importância dada à língua portuguesa, seu ensino agora é bastante valorizado nos países que compõem o Mercosul, e é a língua oficial em diversos países como: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe e, ainda, Timor-Leste após sua independência.
10 de mai. de 2015
13 de abr. de 2015
Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública
A CNTE promove a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública
A 16ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, organizada pela CNTE, começa no 27 de abril. A iniciativa, este ano com o tema EDUCAÇÃO, TRABALHO E DEMOCRACIA, pretende envolver a comunidade escolar no desenvolvimento dos planos estaduais e municipais de educação, em sintonia com o PNE. Haverá debate nas escolas e aulas públicas em praças e ruas.
“A CNTE vai disponibilizar uma cartilha para que os professores levem para a sala de aula todo o debate sobre os planos de educação. É importante que os estudantes tenham conhecimento deste tema e saibam o que está acontecendo no país, em relação ao planejamento da educação para os próximos 10 anos”, comenta o secretário de assuntos educacionais da CNTE, Heleno Araújo.
Para o secretário, o objetivo é usar a grande representação dos sindicatos de educação para garantir que a sociedade assuma seu papel na construção dos planos.
“Isso cria um volume grande de participação. A nossa expectativa é que as pessoas façam debates e que toda a comunidade escolar se envolva pessoal ou virtualmente, para que, de fato, contribua para que o plano esteja aprovado até o dia 26 de junho”, conclui Heleno.
No dia 30 de abril a CNTE organiza uma greve nacional com manifestações nos estados pelo cumprimento do piso e contra a terceirização. “É preciso unificar as lutas nos estados pela garantia de direitos dos trabalhadores em educação e contra os retrocessos”, defende o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão.
Para concluir a semana de luta pela educação pública, em 1º de maio, dia do trabalhador, os sindicatos vão participar das atividades convocadas pelas Centrais Sindicais em todo o País.
Confira a agenda:
27/04 - Debate em sala de aula, com apresentação das metas do plano nacional de educação. A ideia é vincular disciplinas aos conteúdos apontados no PNE e levar o assunto para o dia a dia dos estudantes.
No mesmo dia, os Sindicatos vão anunciar a 16ª Semana e farão coletiva com a imprensa sobre o andamento da elaboração do plano de educação estadual ou municipal.
28/04 - conversa sobre os planos com a comunidade escolar, professores, funcionários, pais e responsáveis.
29/04 - os sindicatos realizarão aulas públicas nas praças e ruas, informando a população em geral sobre a importância e a situação dos planos de educação.
30/04 - Os trabalhadores em educação farão greve nacional, com manifestações em todos os estados. Serão fixados cartazes, com as 20 metas do Plano Nacional de Educação, em escolas públicas e privadas dos 5.570 municípios brasileiros.
01/05 - no dia do trabalhador será a conclusão da semana de luta pela educação pública. Os sindicatos vão participar das atividades convocadas pelas Centrais Sindicais em todo o país.
Confira: http://www.cnte.org.br/images/stories/2015/cnte_16a_semana_nacional_2015_metas_cartaz_web_final.pdf
Fonte: CNTE
Dissertação: Os passos
Dissertação:
Os passos
1) interrogar o tema;
2) responder, com a opinião
3) apresentar argumento básico
4) apresentar argumentos auxiliares
5) apresentar fato- exemplo
6) concluir
2) responder, com a opinião
3) apresentar argumento básico
4) apresentar argumentos auxiliares
5) apresentar fato- exemplo
6) concluir
Como fazer nossas dissertações? Como expor
com clareza nosso ponto de vista? Como argumentar coerentemente e validamente?
Como organizar a estrutura lógica de nosso texto, com introdução,
desenvolvimento e conclusão?
Vamos supor que o tema proposta seja Nenhum homem é uma ilha.
Primeiro, precisamos entender o tema. Ilha, naturalmente, está em sentido figurado, significando solidão, isolamento.
Primeiro, precisamos entender o tema. Ilha, naturalmente, está em sentido figurado, significando solidão, isolamento.
Vamos sugerir alguns passos para a
elaboração do rascunho de sua redação.
1. Transforme o tema em uma pergunta:
Nenhum homem é uma ilha?
2. Procure responder essa pergunta, de um modo simples e claro,
concordando ou discordando (ou, ainda, concordando em parte e discordando em
parte): essa resposta é o seu ponto de vista.
3. Pergunte a você mesmo, o porquê de sua resposta, uma causa, um
motivo, uma razão para justificar sua posição: aí estará o seu argumento
principal.
4. Agora, procure descobrir outros motivos que ajudem a defender o seu
ponto de vista, a fundamentar sua posição. Estes serão argumentos auxiliares.
5. Em seguida, procure algum fato que sirva de exemplo para reforçar a
sua posição. Este fato-exemplo pode vir de sua memória visual, das coisas que
você ouviu, do que você leu. Pode ser um fato da vida política, econômica,
social. Pode ser um fato histórico. Ele precisa ser bastante expressivo e
coerente com o seu ponto de vista. O fato-exemplo, geralmente, dá força e
clareza à nossa argumentação. Esclarece a nossa opinião, fortalece os nossos
argumentos. Além disso, pessoaliza o nosso texto, diferencia o nosso texto:
como ele nasce da experiência de vida, ele dá uma marca pessoal à dissertação.
6. A partir desses elementos, procure juntá-los num texto, que é o
rascunho de sua redação. Por enquanto, você pode agrupá-los na sequência que
foi sugerida.
Proposta de
redação
A TV brasileira completa 50 anos. No início, houve quem considerasse o
televisor mais um eletrodoméstico na casa. Hoje, sabe-se que ele não é só isso,
a televisão é um modo de vida.
Redija um texto dissertativo, em prosa, com 30 linhas, analisando se a TV brasileira FORMA, INFORMA ou DEFORMA. Use o esquema acima.
Redija um texto dissertativo, em prosa, com 30 linhas, analisando se a TV brasileira FORMA, INFORMA ou DEFORMA. Use o esquema acima.
Você pode também, caso queira, desenvolver outro tema.
CONCLUSÃO
A conclusão deve ser sucinta, conter apenas 01 parágrafo e deve retomar
a ideia principal, desenvolvida no texto, de forma convincente.
A conclusão deve conter a síntese de tudo o que foi apresentado no
texto, e não somente em relação às ideias apresentadas no último parágrafo da
CONCLUSÃO.
Não se devem acrescentar informações novas na conclusão, pois, se ainda
há informações a serem inclusas, a CONCLUSÃO ainda não terminou.
Maneiras de se fazer o parágrafo da conclusão:
Retomada da tese
A conclusão é a apresentação da visão geral do assunto tratado, portanto
pode-se retomar o que foi apresentado na introdução e/ou na CONCLUSÃO,
relembrando a redação como um todo. É uma espécie de fechamento em que se
parece dizer de acordo com os exemplos/argumentos/tópicos que foram
apresentados na CONCLUSÃO, pode-se concluir que realmente a introdução é
verdadeira.
Perspectiva
Pode-se também apresentar possíveis soluções para os problemas expostos na
CONCLUSÃO, buscando prováveis resultados (É preciso. É imprescindível. É
necessário.), trabalhando com a conscientização geral. Por exemplo: É
imprescindível que, diante dos argumentos expostos, todos se conscientizem de que...
Oração Coordenada Conclusiva
Pode-se ainda iniciar a conclusão com uma conjunção coordenativa
conclusiva - logo, portanto, por isso, por conseguinte, então - apresentando,
posteriormente, soluções para os problemas expostos na CONCLUSÃO.
Frases-modelo, para o início da conclusão.
Apresento, aqui, algumas frases que podem ajudar, para iniciar a
conclusão. Não tomem estas frases como receita infalível. Antes de usá-las,
analise bem o tema, planeje incansavelmente a CONCLUSÃO, use sua inteligência,
para ter certeza daquilo que será incluso em sua dissertação. Só depois disso,
use estas frases:
Em virtude dos fatos mencionados ...
Por isso tudo ...
Levando-se em consideração esses aspectos ...
Dessa forma ...
Em vista dos argumentos apresentados ...
Dado o exposto ...
Tendo em vista os aspectos observados ...
Levando-se em conta o que foi observado ...
Em virtude do que foi mencionado ...
Por todos esses aspectos ...
Pela observação dos aspectos analisados ...
Portanto ... / logo ... / então ...
Por isso tudo ...
Levando-se em consideração esses aspectos ...
Dessa forma ...
Em vista dos argumentos apresentados ...
Dado o exposto ...
Tendo em vista os aspectos observados ...
Levando-se em conta o que foi observado ...
Em virtude do que foi mencionado ...
Por todos esses aspectos ...
Pela observação dos aspectos analisados ...
Portanto ... / logo ... / então ...
Após a frase inicial, pode- se continuar
a conclusão com as seguintes frases:
... somos levados a acreditar que ...
... é-se levado a acreditar que ...
... entendemos que ...
... entende-se que ...
... concluímos que ...
... conclui-se que ...
... percebemos que ...
... percebe-se que ...
... resta aos homens ...
... é imprescindível que todos se conscientizem de que ...
... só nos resta esperar que ...
... é preciso que ...
... é necessário que ...
... faz-se necessário que ...
... é-se levado a acreditar que ...
... entendemos que ...
... entende-se que ...
... concluímos que ...
... conclui-se que ...
... percebemos que ...
... percebe-se que ...
... resta aos homens ...
... é imprescindível que todos se conscientizem de que ...
... só nos resta esperar que ...
... é preciso que ...
... é necessário que ...
... faz-se necessário que ...
Pronomes Demonstrativos na Dissertação
Este, esta,
isto. Usa-se este, esta, isto, para referir-se a frase ou oração posterior, ou
seja, frase que ainda será escrita, e para referir-se ao elemento imediatamente
anterior, ou seja, elemento que acabou de ser escrito. Ex. Atenção a estas
palavras: O fumo é prejudicial à saúde. O fumo é prejudicial à saúde. Esta deve
ser preservada sempre, portanto não fume.
Esse, essa,
isso.
Usa-se esse, essa, isso, para referir-se a frase ou oração anterior, ou
seja, frase que já foi escrita. Ex.: O fumo é prejudicial à saúde. Isso já foi
comprovado cientificamente.
A História da Arte
A
História da Arte
Arte na Pré-História - Arte Rupestre -
Arte Primitiva
História da arte na pré-história, as
características da arte rupestre, pinturas em cavernas, arte primitiva dos
povos nativos, representação artística do tempo das cavernas, esculturas
primitivas, arte indígena.
Introdução
Há milhares de anos os povos antigos já
se manifestavam artisticamente. Embora ainda não conhecessem a escrita, eles
eram capazes de produzir obras de arte.
Características principais
O homem pré-histórico era capaz de se
expressar artisticamente através dos desenhos que fazia nas paredes de suas
cavernas. Suas pinturas mostravam os animais e pessoas do período em que vivia,
além de cenas de seu cotidiano. Expressava-se também através de suas esculturas
em madeira, osso e pedra. O estudo desta forma de expressão contribui com os
conhecimentos que os cientistas têm a respeito do dia a dia dos povos antigos.
Além da arte pré-histórica vista no
parágrafo acima, há um outro tipo de arte primitiva: a realizada pelos índios e
outros povos que habitavam a América antes da chegada de Cristóvão Colombo. Os
povos: maias, astecas e incas são representantes da arte pré-colombiana. A
história destes povos é contada através de sua arte (pinturas, esculturas e
templos grandiosos, construídos com pedras ou materiais preciosos).
Nos dias de hoje também é possível
encontrar arte primitiva; alguns exemplos são as máscaras para rituais,
esculturas e pinturas que são feitas pelos negros africanos. Há ainda a arte
primitiva entre os nativos da Oceania e também entre os índios americanos, que
fazem objetos da arte primitiva muito apreciada entre os povos atuais.
Locais com pinturas rupestres no Brasil:
- Parque Nacional da Serra da Capivara
em São Raimundo Nonato (Piauí)
- Parque Nacional Sete Cidades (Piauí)
- Cariris Velhos (Paraíba)
- Lagoa Santa (Minas Gerais)
- Rondonópolis (Mato Grosso)
- Peruaçu (Minas Gerais)
A arte data deste a antiguidade, quando os
homens da Pré-História, desenhavam a arte rupestre (desenhos feitos nas
cavernas). As figuras representavam a caça, mas isso não significava como o
grupo vivia, tinha um caráter mágico, fazia com o que o grupo se preparasse
para a tarefa que garantia a sobrevivência.
A palavra “arte” teve muitos
significados durante a história. Sempre houve uma pequena discussão, pois
alguns achavam que a arte era uma forma de criação, já outros, acreditavam que
era uma forma de imitação.
A arte foi se subdividindo de estilos em
estilos, tais como Barroco, Gótico,
Romântico e outros.
O surgimento do Renascimento fez com que
a arte se dividisse em conceitos: a pintura, literatura, música, escultura,
arquitetura e a arte feita com cerâmica, tapeçaria e etc.
Depois do século XIX, a arte teve como
objetivo retratar a beleza, às criações estéticas. Já no século XX, a arte
passou a se referir, principalmente, às artes plásticas.
Toda arte criada é uma consequência do
trabalho feito pelo homem. Em cada uma delas expressam a personalidade do
autor, onde mostram o período em que foram feitas, criadas e suas influências
culturais.
Muitas vezes o artista preocupa com a
beleza da sua obra, isso faz com que ele busque matérias-primas para aproximem
sua obra do mais real possível. Os artistas expressam em suas obras, todos os
seus sentimentos.
Com o tempo a arte foi se modificando.
Com isso a história da arte pode ser dividida de acordo com a divisão dos
períodos da história da humanidade. É dividida em Antiga, Medieval,
Renascentista e Moderna.
Arte
rupestre: A
arte rupestre é a primeira demonstração de arte que se tem notícia na história
humana. Seus vestígios datam de antes do desenvolvimento das grandes
civilizações e tribos, como as do Antigo Egito. Esse tipo de arte era
caracterizado por ser feito com materiais como terra vermelha, carvão, e
pigmentos amarelos (retirados também da terra). Os desenhos eram realizados em
peles de animais, cascas de árvores, e, principalmente, em paredes de cavernas.
Retratavam animais, pessoas, e até sinais. Havia cenas de caçadas, de espécies
extintas, e em diferentes regiões. Apesar do desenvolvimento primitivo,
podem-se distinguir diferentes estilos, como pontilhado (o contorno das figuras
formado por pontos espaçados) ou de contorno contínuo (com uma linha contínua
marcando o contorno das figuras). Apesar de serem vistas como malfeitas e não
civilizadas, as figuras podem ser consideradas um exemplo de sofisticação e
inovação para os recursos na época. Não existem muitos exemplos de
arte-rupestre preservada, mas com certeza o mais famoso deles é o das cavernas
de Lascaux, na França.
Características
da arte na pré-história e suas diferenças com a arte na atualidade
As características da arte na
pré-história podem ser inferidas a partir dos povos que vivem atualmente ou
viveram até recentemente na pré-história (por exemplo, os aborígenes, os
índios). Na pré-história, a arte não era algo que pudesse ser separada das
outras esferas da vida. Ela não se separava dos mitos, da economia, da
política, e essas atividades também não eram separadas entre si. Todas essas
esferas formavam um todo em que tudo tinha que ser arte, ter uma estética,
porque nada era puramente utilitário, como são hoje um abridor de latas ou uma
urna eleitoral. Tudo era ao mesmo tempo mítico, político, econômico e estético.
E todos participavam nessas coisas.
A arte como uma palavra que designa uma
esfera separada de todo o resto só surgiu quando surgiram as castas, classes e
Estados, isto é, quando todas aquelas esferas da vida se tornaram
especializações de determinadas pessoas: o governante com a política, os
camponeses com a economia, os sacerdotes com a religião e os artesãos com a
arte. Só aí é que surge a arte "pura", separada do resto da vida, e a
palavra que a designa.
Mas antes do renascimento, os artesãos
eram muito ligados à economia, muitos eram mercadores e é daí que vem a palavra
"artesanato". Então a arte ainda era raramente separável da economia
(embora na Grécia antiga, a arte tenha chegado a ter uma relativa autonomia),
por isso, a palavra "arte" era sinônimo de "técnica", ou
seja, "produzir alguma coisa" num contexto urbano. No renascimento,
alguns artesãos foram sustentados por nobres, os mecenas (os Médici, por
exemplo), apenas para que produzisse arte, uma arte realmente "pura".
Surgiu então a arte como a arte que conhecemos hoje, assim como a categoria
daqueles que passaram a ser chamados de "artistas".
Arte
na Pré-História: As
primeiras obras de arte datam do período Paleolítico. Entre as obras mais
antigas já encontradas estão pequenas estátuas humanas como, por exemplo, a
Vênus de Willendorf (aproximadamente 25000 a.C.). Os mais conhecidos conjuntos
de pinturas em cavernas ( arte rupestre ) estão em Altamira, na Espanha e datam
de 30000 a.C. a 12000 a.C.; e em Lascaux, na França de 15000 a.C. a 10000 a.C.
, onde se encontram pinturas rupestres de animais pré-históricos como: cavalos,
bisões, rinocerontes. Estas pinturas indicam rituais pré-históricos ligados à
caça. As imagens demonstram um naturalismo e evoluem da monocromia (Uma pintura
que emprega vários tons de uma mesma cor a arte feita com uma única cor, com
variação de tonalidades.) à policromia (muitas cores) entre os anos de 15000
a.C. a 9000 a.C.
Arte
Mesopotâmica:
Na região entre os rios Tigre e Eufrates desenvolveu-se a civilização. Nesta
região, sumérios, babilônios, assírios, caldeus e outros povos desenvolveram
uma arte que demonstra a religiosidade e o poder dos governantes. São touros
alados, estatuetas de olhos circulares, relevos em paredes representando
guerras e conquistas militares e animais e pictogramas representando fatos da
realidade daqueles povos.
Arte
do Egito Antigo:
As obras de arte possuíam um possui forte caráter religioso e funerário. Essas
características podem ser explicadas em função da crença que os egípcios tinham
na vida após a morte. Há representações artísticas de deuses, faraós e animais
explicadas por textos em escrita hieroglífica. As pinturas eram feitas nas
paredes das pirâmides ou em papiros. Representavam o cotidiano da nobreza ou
tratava de assuntos do cotidiano. Uma das características principais da arte
egípcia é o desenho chapado, de perfil e sem perspectiva artística.
Arte
na Grécia Antiga:
A cultura e a arte minoica desenvolveram-se na ilha grega de Creta. Nas
pinturas dos murais as cores diversificadas mostram-se fortes e vivas.
Desenhos de touros, imagens abstratas,
símbolos marinhos e animais ilustram a cerâmica.
O
período clássico da arte grega é a época de maior expressão da arte grega.
A natureza é retratada com equilíbrio e
as formas aproximam-se da realidade. A perspectiva aparece de forma intensa nas
pinturas gregas deste período. Nas esculturas de bronze e mármore, destacam-se
a harmonia e a realidade. Os principais escultores são Mirón, Policleto,
Fídias, Praxíteles. A arquitetura e a ornamentação de templos religiosos, como
o Parthenon, a acrópole de Atenas e o templo de Zeus na cidade de Olímpia
mostram força e características expressivas.
No
período helenístico, ocorre a fusão entre as artes grega e oriental.
A arte grega assume aspectos da
realidade, fruto do domínio persa. Nas esculturas verifica-se dramaticidade e
as formas decorativas em excesso.
Entre as obras mais representativas
deste período estão: Vitória da Samotrácia, Vênus de Milo e o templo de Zeus,
em na cidade de Pérgamo.
Arte
Romana do Ocidente e do Oriente ( Arte Bizantina )
Com forte influência dos etruscos, a
arte romana antiga seguiu os modelos e elementos artísticos e culturais dos
gregos e chega a "copiar" estátuas clássicas. É a época da construção
de monumentos públicos em homenagem aos imperadores romanos. A pintura mural
recorre ao efeito tridimensional. Os afrescos da cidade de Pompéia (soterrada
pelo vulcão Vesúvio em I a.C.) são representativos deste período. No Império
Romano do Oriente ( Império Bizantino ) com capital em Constantinopla (antiga
Bizâncio), aparece a arte bizantina, sob forte influência da Grécia . Podemos
destacar as pinturas murais, os manuscritos, os ícones religiosos e os mosaicos
de cores fortes e brilhantes, carregados de profundo caráter religioso.
Arte
Renascentista - O Renascimento Cultural (séculos XV e XVI)
Os elementos artísticos da Antiguidade
clássica voltam a servir de referência cultural e artística. O humanismo coloca
o homem como centro do universo (antropocentrismo). São características desta
época: uso da técnica de perspectiva usa de conhecimentos científicos e
matemáticos para reproduzir a natureza com fidelidade. Na pintura, novas
técnicas passam a ser utilizadas: uso da tinta a óleo, por exemplo, buscava
aumentar a ilusão de realidade. A escultura renascentista é marcada pela
expressividade e pelo naturalismo. A xilogravura passa a ser muito utilizada
nesta época. Entre as pinturas destacam-se: O Casal Arnolfini, de Jan van Eyck;
A Alegoria da Primavera, de Sandro Boticcelli; A Virgem dos Rochedos, Moraliza
e A Última Ceia de Leonardo da Vinci; A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio; o
teto da Capela Sistina e a escultura Davi de Michelangelo Buonarotti.
Maneirismo
(século XVI): Ao
romper com as referências clássicas de idealização da beleza, o maneirismo
diferencia-se por suas imagens distorcidas e alongadas. A natureza é
representada de forma distorcida e realista, sendo que as figuras bizarras
aparecem com frequência. Obras mais importante do maneirismo: O Juízo Final, de
Michelangelo; A Crucificação, de Tintoretto; e O Enterro do Conde de Orgaz, de
El Greco.
Barroco:
arte barroca (1600 a 1750): Ao destacar a cor e não o formato do desenho. As técnicas
utilizadas dão um sentido de movimento ao desenho. Os efeitos de luz e sombra
são utilizados constantemente como um recurso para dar vida e realidade à obra.
Os temas que mais aparecem são: a paisagem, a natureza-morta e cenas da vida
cotidiana. Obras barrocas mais conhecidas: A Ceia em Emaús, de Caravaggio; A
Descida da Cruz, de Peter Paul Rubens; A Ronda Noturna, de Rembrandt; O Êxtase
de Santa Teresa, de Gian Lorenzo Bernini; As Meninas, de Diego Velásquez; e
Vista de Delft, de Jan Vermeer.
Rococó
(1730 a 1800): O
estilo rococó é marcado por pinturas com tons claros, com linhas curvas e
arabescos. O estilo é bem decorativo e a sensualidade aparece em destaque. Os
afrescos ganham importância e são utilizados na decoração de ambientes
interiores. Artistas mais importantes do rococó: Jean-Antoine Watteau, Giovanni
Battista Tiepolo, François Boucher e Jean-Honoré Fragonard.
Neoclassicismo (1750 a 1820): Os
elementos e valores da arte clássica (grega e romana ) são resgatadas.. Há uma
incidência maior do desenho e da linha sobre a cor. O heroísmo e o civismo são
temas muito explorados neste período. Principais obras: Perseu com a Cabeça da
Medusa, de Antonio Canova; O Parnaso, de Anton Raphael Mengs; O Juramento dos
Horácios e A Morte de Sócrates, de Jacques-Louis David; e A Banhista de
Valpinçon, de Jean-Auguste-Dominique Ingres.
Romantismo
nas artes plásticas (De 1790 a 1850):Subjetividade e introspecção,
sentimentos e sensações são características deste período. A literatura
romântica, os elementos da natureza e o passado são retratados de forma intensa
no romantismo. São representantes desta época o artista Francisco de Goya y
Lucientes. Algumas de suas principais pinturas são: A Família de Carlos IV, O
Colosso e Os Fuzilamentos do Três de Maio de 1808. Outras obras românticas: A
Balsa da Medusa, de Théodore Géricault; A Carroça de Feno, de John Constable; A
Morte de Sardanapalo, de Eugène Delacroix; e O Combatente Téméraire, de Joseph
William Turner.
Realismo
(De 1848 a 1875): O
realismo destaca a realidade física através da objetividade científica e crua.
Estas obras são inspiradas pela vida cotidiana e pela paisagem natural.
Aparecem fortes críticas sociais e elementos do erotismo, provocando criticas
dos setores conservadores da sociedade européia do século XIX. Principais
pinturas: Enterro em Ornans, de Gustave Courbet; Vagão de Terceira Classe, de
Honoré Daumier; e Almoço na Relva, de Édouard Manet.
Impressionismo
(De 1880 a 1900): Através
da luz e da cor os artistas do impressionismo buscam atingir a realidade. As
obras são feitas ao ar livre para aproveitar a luz natural. Obras mais
conhecida: Impressão, Nascer do Sol, de Claude Monet, A Aula de Dança, de
Edgard Degas; e O Almoço dos Remadores, de Auguste Renoir.
Pós-impressionismo: É o período
marcado pelas experimentações individuais. Os artistas buscam a realidade e
imitam a natureza, utilizando recursos de luz e cor. O cromatismo é muito utilizado.
As cores mais intensas são exploradas por Vincent Van Gogh com pinceladas
fortes e explosivas, como em Noite Estrelada. Henri de Toulouse-Lautrec usa a
técnica da litogravura.
Expressionismo:
Artistas
plásticos de diferentes períodos são considerados precursores do, entre eles
Goya, Van Gogh, Gauguin e James Ensor. O expressionismo pode ser considerado
como uma postura assumida em diversas formas de manifestação artística durante
o século XX. Vários artistas desta trabalham nessa linha, sem ligar-se a
movimentos ou a grupos. Podemos citar alguns: Edward Munch, Emil Nolde, Amedeo
Modigliani, Oskar Kokoschka, Egon Schiele, Chaim Soutine, Alberto Giacometti e
Francis Bacon.
Cubismo
( De 1908 a 1915 ): Este
estilo rompeu com os elementos artísticos tradicionais ao apresentar diversos
pontos de vista em uma mesma obra de arte. As formas geométricas são utilizadas
muitas vezes para representar figuras humanas. Recortes de jornais, revistas e
fotos são recursos utilizados neste período. São obras representativas desta
época: Les Demoiselles d'Avignon, de Pablo Picasso, e Casas em L'Estaque, de
Georges Braque.
Dadaísmo
(Décadas de 1910 a 1920): Revolucionário, anárquico e anticapitalista, o
dadaísmo, prega o absurdo, o sarcasmo, a sátira crítica e o uso de diversas
linguagens, como pintura, poesia, escultura, fotografia e teatro. Destacam-se
os artistas: Hugo Ball, Hans Arp, Francis Picabia, Marcel Duchamp, Max Ernst,
Kurt Schwitters, George Grosz e Man Ray.
Arte
Surrealista (Década de 1920): Os artistas exploram o inconsciente e as
imagens que não são controladas pela razão. O surrealismo usa associações
irreais, bizarras e provocativas. O rompimento com as noções tradicionais da
perspectiva e da proporcionalidade resulta em imagens estranhas e fora da realidade.
Obras: Auto-Retrato com Sete Dedos, de Marc Chagall; O Carnaval do Arlequim, de
Joan Miró; A Persistência da Memória, de Salvador Dalí; A Traição das Imagens,
de René Magritte; e Uma Semana de Bondade, de Max Ernst, são algumas das obras
mais representativas.
Pop
Art.(Década de 1950): As histórias em quadrinhos e a mídia visual e
impressa são os elementos de referência da pop art. Humor e crítica ao
consumismo são constantes nas obras de pop art. Artistas mais conhecidos: Richard Hamilton, Allen Jones, Robert
Rauschenberg, Jasper Johns, Andy Warhol, Roy Lichtenstein, Tom Wesselman, Jim
Dine, David Hockney e Claes Oldenburg.
Arte
Conceitual (Década de 1960): Textos, imagens e objetos são as
referências artísticas deste tipo de arte. A obra deve ser valorizada por si
só. Um dos meios preferidos dos artistas conceituais é a instalação, ou seja,
um espaço de interação entre a obra e o espectador. Até mesmo a televisão e o
vídeo são usados nas instalações. Destacam-se os seguintes artistas: Joseph
Beuys, Joseph Kosuth, Daniel Buren, Sol Le-Witt e Marcel Broodthaers, Nam June
Paik, Vito Acconci, Bill Viola, Bruce Naumann, Gary Hill, Bruce Yonemoto e
William Wegman.
31 de mar. de 2015
Hoje 51 anos do Golpe Militar no Brasil em 1964.
O golpe militar no dia 31 de março de 1964 fez o Brasil mergulhar em 21 anos de ditadura.
Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O golpe militar de 31 de março de 1964 foi o mais longo período de interrupção democrática pelo qual passou o Brasil durante a República. Qualificado pela história como "os anos de chumbo", o período da ditadura foi marcado pela cassação de direitos civis, censura à imprensa, repressão violenta das manifestações populares, assassinatos e torturas.
O historiador e cientista político da Universidade de Brasilia (UnB), Octaviano Nogueira, afirmou que o golpe de 1964 resultou no mais duro período de intervenção militar na democracia entre tantos outros desencadeados no decorrer da história republicana. “Entre 1964 e o início dos anos 70 estava em curso o período mais duro da repressão militar”, disse Nogueira.
Segundo ele, 1964 começou, na verdade, quatro anos antes, com a renúncia de Jânio Quadros, da UDN - um partido de direita -, em 1961, sete meses após sua posse. Apoiado por uma ampla coligação, a renúncia deixou um vácuo de poder, uma vez que seu vice, João Goulart, do PTB - um partido de esquerda -, era visto com desconfiança pelas Forças Armadas.
Para garantir a posse de João Goulart e evitar um golpe militar, o então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola (PTB), desencadeou a Campanha da Legalidade, que reivindicava a preservação da ordem jurídica e a garantia de posse do vice-presidente que retornava de uma viagem oficial à China. Do porão da sede de governo gaúcho, Brizola fazia pronunciamentos à nação.
“Na verdade, João Goulart ocupou o poder para tapar buraco, uma vez que era o vice de Jânio Quadros. Ele sempre foi um latifundiário e conservador, mas mantinha um discurso de esquerda herdado de Getúlio Vargas, sem nunca concretizar suas propostas”, afirmou o professor Nogueira.
Com o decorrer do tempo, ameaçado por greves constantes, sem o apoio da imprensa e de parcela significativa da sociedade, os militares depõem Goulart. Em 31 de março de 1964 o general Olímpio Mourão Filho deslocou 3 mil soldados do Destacamento Tiradentes, de Belo Horizonte, em direção ao Rio de Janeiro para consolidar o golpe de Estado que garantiria aos militares 21 anos de governo.
O marechal Castello Branco assumiu a Presidência da República e João Goulart se exilou no Uruguai. Coube ao sucessor de Castello Branco, o marechal Artur da Costa e Silva iniciar o processo radicalização do regime a partir da edição do Ato Institucional nº 5 (AI-5) que deu ao Executivo poderes para fechar o Congresso Nacional, cassar o mandato de políticos e legalizar a repressão aos movimentos sociais. Foram os anos mais duros da ditadura militar, com mortes e torturas de militantes políticos que lutaram pela volta de democracia.
Os militares começaram a ceder à pressão da sociedade organizada pela restituição da democracia em 1978, no quarto governo militar, que tinha como presidente o general Ernesto Geisel. Coube a ele instituir o processo de “abertura política lenta e gradual", relatou certa vez à Agência Brasil o ex-senador Marco Maciel (DEM-PE), quando ainda ocupava uma cadeira no Senado.
Pela Emenda Constitucional nº 11, promulgada pelo Congresso Nacional em 13 de outubro de 1978, foram revogados todos os atos institucionais e garantida a imunidade parlamentar, lembrou Marco Maciel, à época integrante da Aliança Renovadora Nacional (Arena) partido que apoiava o regime. A aprovação da Lei da Anistia, no entanto, caberia ao general João Baptista Figueiredo, último presidente militar. A anistia que deveria restituir os direitos políticos dos perseguidos pela ditadura, acabou favorecendo também os militares.
O governo de Figueiredo foi marcado por uma série de atentados terroristas promovidos pelo Estado, como explosões de bancas de revistas, uma bomba enviada à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a frustrada tentativa de explodir uma bomba no show comemorativo ao Dia do Trabalho, no Riocentro, em 30 de abril de 1981.
Em 1984 a pressão popular ganhou as ruas pedindo eleições diretas para presidente, com o movimento conhecido como Diretas Já. Porém, com a derrota da Emenda Dante de Oliveira, que instituía as eleições diretas para presidente da República em 1984, Tancredo Neves foi o nome escolhido para representar uma coligação de partidos de oposição reunidos na Aliança Democrática.
Em 1985, Tancredo Neves é eleito, mas morre antes de tomar posse. Em seu lugar assume o vice-presidente José Sarney, atual presidente do Senado, que governou o país por cinco anos.
A transição democrática, na opinião do cientista político da UnB, foi concluída em 1990 com a posse do primeiro presidente eleito pelo povo, Fernando Collor de Mello, que acabaria renunciando para tentar evitar o impeachment. O vice-presidente Itamar Franco, hoje senador pelo PSDB-MG assumiu o governo. Ele foi sucedido por Fernando Henrique Cardoso (PSDB) que teve dois mandatos. Depois, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) governou o país por oito anos, o que, na opinião de Nogueira, consolidou da democracia brasileira, com a chegada de Lula, um operário, ao poder.
Fonte:http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2011-03-31/golpe-militar-no-dia-31-de-marco-de-1964-fez-brasil-mergulhar-em-21-anos-de-ditadura
21 de mar. de 2015
Neste sábado, 21 de março, comemora-se o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em memória à tragédia que ficou conhecida como “Massacre de Shaperville”, em 1960, na cidade de Joanesburgo, na África do Sul.
Na ocasião, vinte mil negros protestavam contra a lei do passe que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles poderiam transitar na cidade quando se depararam com tropas do exército, que abriram fogo sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186.No Brasil, esta data marca também a criação da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), criada pela Medida Provisória n° 111, de 2003, a partir do reconhecimento das lutas históricas do Movimento Negro brasileiro.
Tema
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura – UNESCO, neste ano, adotou como tema para a data “Aprender com tragédias históricas para combater a discriminação racial hoje”.
21 de março Dia Mundial da Poesia
O Dia Mundial da Poesia
celebra-se a 21 de março. O Dia Mundial da Poesia foi criado na 30ª Conferência
Geral da UNESCO a 16 de novembro de 1999.
O Dia Mundial da Poesia celebra a
diversidade do diálogo, a livre criação de ideias através das palavras, da
criatividade e da inovação.
A data visa fazer uma reflexão sobre o poder da
linguagem e do desenvolvimento das habilidades criativas de cada pessoa.
Neste
dia realizam-se várias atividades pelo país, sobretudo nas escolas, bibliotecas
e espaços culturais.
A poesia contribui para a
diversidade criativa, usando as palavras e os nossos modos de percepção e de
compreensão do mundo.
8 de mar. de 2015
08 de março Dia Internacional da Mulher!
O dia 8 de Março é, desde 1975, comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher. Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias, que recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas.
Em 1903, profissionais liberais norte-americanas criaram a Woman´s Trade Union League.
Esta associação tinha como principal objetivo ajudar todas as trabalhadoras a exigirem melhores condições de trabalho. Em 1908, mais de 14 mil mulheres marcharam nas ruas de Nova Iorque: reivindicaram o mesmo que as operárias no ano de 1857, bem como o direito de voto.
Caminhavam com o slogan Pão e Rosas, em que o pão simbolizava a estabilidade econômica e as rosas uma melhor qualidade de vida.
Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como Dia Internacional da Mulher.
Leia mais: http://www.mensagenscomamor.com/datas-especiais/dia_internacional_da_mulher.htm#ixzz3TpzF2eoY
21 de fev. de 2015
15 de jan. de 2015
Reflexões sobre o racismo em documentário e ficção
Filmes são um bom ponto de partida para discussões sobre racismo. Conheça sugestões de títulos feitas por Paola Prandini, da Afroeducação
Fonte da imagem: http://revistaescola.abril.com.br/consciencia-negra/africa-brasil/identidade-negra.shtml